sábado, 17 de junho de 2017

Evoé, dona menina!






Foi-se embora dona Zuína
A senhora mais menina
Que esta poeta conheceu
Foi-se embora a cantadeira
A mais amante e namoradeira
Com quem o seu velho conviveu





Não reclamava das mazelas
Não se rendia a querelas
Bastava-lhe o carinho de um bicho
Com o crochê fazia toquinha
E o desejo de uma branquinha 
Era o lema do seu vício





Contava a todos a sua fé
Na oferta de um café
Sem pedir por nenhum ganho
Não negava seu amor
E as travessuras com aquele senhor
Mesmo recusando o banho




Tudo sempre estava bom
Pois ela tinha o belo dom
De agradecer por cada dia
Vá em paz, Zuína querida
Pois sorte teve nessa vida
                                    Quem viu de perto tua alegria 



Denise Viana