domingo, 16 de agosto de 2009

Frio


Que mundo maluco

Hoje eu tô aqui, amanhã posso tá lá...

Bastam que as notas ditem as regras

Que conduzem as direções e ações

De seu nobre pós-moderno-feudo-reino.

E assim sinto a razão se esgotar

Se definhar, se diluir...

E novas potências serem descobertas

Com vozes de emoção, de afeto profundo

De harmonia, de sentido no outro

E no outro em mim.

Mas hoje durmo só!

E o frio, sombrio, vazio

Não sabe de nada, não tem um pingo de dó...

Sinto o perfume

Do incenso de Rosa Branca

Tento manter a calma

Pensar, esperar, acreditar.

Faço cálculos para amanhã,

Mas deixo sempre espaços livres para o incalculável...


Denise Viana * Psico-Poeta