segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Pele e Alma

Hoje escutei muita gente comentar sobre "os marcos" pessoais deste ano de 2012.
Pensei nisso também!
Claro que são muitas e boas as lembranças a recordar...
Mas um aprendizado em especial, dicotômico tal como eu, marcou-me a vida (pele e alma) neste ano.
Em 2012 eu aprendi que às vezes é necessário perder para ganhar.
E com isso, que são os momentos de choro que fazem os momentos de riso tão, tão preciosos.
Creio que é por esse modo então que meus olhos, ainda úmidos, se alegram com a permissão divina de poder olhar, contemplar e agradecer por tudo e, principalmente, por todos que me cercam. Tudo e Todos com quem, e por quem, sorri e chorei. E contemplo ambas ações com alegria!
Nestes tempos de pensar o por vir, nenhuma previsão me interessa.
Só a Vida de cada dia.
A Vida dos momentos e dos instantes, do aqui e do agora.

E em 2013? Viva, mas VIVA com vontade... de  Pele  e Alma!
Denise Viana 

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Malas


Ando de malas prontas

Ando meio sem rumo
Ou melhor,
Tenho tido vários rumos

Por isso
Ando de malas prontas
De malas prontas
Ando!





Denise Viana

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Longe



Ando meio longe mim...

     Às vezes não quero ser eu...

             Não ser a espera

                     Nem a saudade

                             Nem a dúvida

                                     Nem o medo



                                                   Tão pouco

                                          O que é oculto

                                Que diz ser meu

                     E nem parece

           Aliás...

Quero é nada

        Pedir também não quero

            Assim, vou-me embora de mim

                    Quando fica insuportável ser apenas eu

                               E quando só eu não sou suportável...

                                                                                                   Denise Viana

terça-feira, 16 de outubro de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

(des)cuido



Cuidado meu bem!
Há perigos na vida tanto quanto na estrada
E eu quero sempre ver-lhe bem...
Cuidado meu bem,
Nem tudo é alvorada
E logo mais tarde o ocaso vem também...

Se eu pudesse lhe proteger
E cuidar de suas feridas,
Se eu pudesse lhe impedir
Das tormentas dessa vida...
Mas não é assim que desejo cuidar de ti.
Mesmo que possível fosse

Quero cuidar-lhe no cuidado comigo
Cuidarei de não lhe impedir
De não lhe impor nem pedir sentimentos
Cuidar do meu ego, do meu zelo exagerado
E da minha vontade de trancar-lhe dentro de mim.

Cuidar do meu lado que assusta,
E também do que há de melhor em mim...
E quem sabe assim,
A gente se cuide de modo mais leve
mais simples, mais doce e digno
Num quase profano, embora sagrado
Num quase engano, embora legítimo
Num quase descuido, embora cuidado...

Denise Viana * Psico-Poeta


segunda-feira, 9 de julho de 2012

domingo, 27 de maio de 2012

terça-feira, 22 de maio de 2012

Psi(po)ética


Estamos fartos da psicologia vendida
Da psicologia mal- paga
Da psicologia distante do público
fiel ao livro de ponto expediente
a protocolos e manuais de apreço a sra. elite

Estamos fartos da psicologia que para e
vai averiguar nos códigos o
cunho patológico de tudo e para todos

Abaixo os generalistas
Todas as palavras sobretudo os moralismos universais
Todas as construções sobretudo os complexos e castrações
Todas as abordagens sobretudo as classificáveis

Estamos fartos da psicologia reducionista
Midiática
Fatídica
Apolítica
De toda psicologia que capitula ao que
quer que seja fora da normalidade.

De resto não é psicologia
Será contabilidade tabela de obscenos contratos deselegantes
com mais de cem modelos de laudos e as mais diferentes formas
de tratar a depressões, transtornos etc.

Queremos antes a psicologia dos loucos
A psicologia dos anômalos
A psicologia devir e pungente dos anômalos
A psicologia dos rizomas de Valter Rodrigues

-Não queremos mais saber de psicologia que não é relação.
                                                                         
Denise Viana
*paráfrase do poema “Poética” do modernista Manuel Bandeira, em homenagem à temática "Anos 20" dos formandos em Psicologia 2012.1 na Faculdade Juvêncio Terra - Vitória da Conquista - BA

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Chute na bunda das memórias vagabundas

Quero dizer adeus
Ao passado que magoa
À mágoa que entristece
À tristeza que devora

Bye bye!!
Lembranças lamuriosas
Lamúrias inquietantes
Inquietações inertes

Au revoir!!
Erros que continuarão errados
Dizeres que continuarão ditos
Silêncios que continuarão calados

Despeço-me das aflições passadas...
Hoje
E todos os amanhãs quando forem hoje
Enfrentarei as tristezas de cada dia

Se a vida tem pressa,
Também tem mais sabor
Quando é a alegria que interessa.

Denise Viana * Psico-Poeta