sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Reciclagem



Vamos reciclar as tolices ditas no verão
Para reutilizá-las em qualquer estação
Vamos reciclar os telefonemas absurdos
Que falam bobagens ou as vezes ficam mudos.

Vamos reciclar o sorriso do palhaço
Que foi pro lixo devido o cansaço
Vamos reciclar as cantigas de roda
Para não nos perdermos nas músicas da moda.

Vamos reciclar nossas próprias dores
Para tirar delas as mais belas flores
Vamos reciclar tudo que não deu certo
Que da segunda vez chegaremos mais perto.


Vamos reciclar o nosso olhar
Que perde muito tempo iludido no sofá
Vamos reciclar nossas vidas a cada dia
Para que ela tenha mais verdade e alegria.


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

domingo, 26 de outubro de 2008

Falando de Amor...


As pessoas falam: O amor não existe!
O Romance acabou,
Ou melhor, nunca existiu,
Na literatura nasceu
E com a literatura ficou...
As pessoas falam,
Falam demais...
Ora, Ora... Deixe-me!
Com minhas bobagens
Meus romantismos
Minhas sacanagens...
Deixe-me amar,
Sei que cedo ou tarde
Nada mais restará...
Por isso, cesso as mágoas
E vou rindo do passado
Vivendo o presente
Imaginando um futuro
Que sei perfeitamente
Que talvez, não chegará...
Ainda assim,
Entre a queda da ternura
E ascensão de desamor
Escrevo desejos talvez tortos,
Talvez insensatos talvez mortos
Tão sem vida quanto o próprio Amor
Falado da boca dos Pós-modernos,
E que se dane os “mal-amados” de plantão
Eu ainda sonho com a existência do amor,
E escrevo mais: Vivo esse sonho...
Nos pesadelos?... Acordo!
Mas não tenho receio em voltar a dormir...
Tudo vai se encaixar
Quando fecharmos os nossos olhos,
A nossa banheira de água quentinha
Com um vinho de morango a nos esperar
O aroma de sabonete
Daquele, daquele cheiro gostoso
Uma massagem no pé
E onde mais agente quiser...
As pessoas estão apagando
Nossos sonhos apaixonados,
Tudo bem, as pessoas se enganam
As pessoas mentem
As pessoas traem
As pessoas são fracas...
Mas por favor,
Vamos assumir as nossas falhas,
Não culpem o amor!
Apenas sejamos, uma pessoa melhor
Do que aquilo que fomos ontem...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Dores de amar (Dueto: Denny & Hilde)


Por que quando me entrego
De forma intensa em aconchego
Num amor tão puro e profundo
O forte e mais belo do mundo

Ora falante, ora tão mudo
Com todos os poros vibrando
Meu coração insensato logo dói?
Não dizem que só o amor constrói

Por que quando reflito e penso
Fico susceptível e meio propenso
Neste amor que não vejo rumo
A parecer vagabundo sem prumo

Tudo era claro, agora está escuro
No lugar da luz só vejo a penumbra
E quanto mais amo, mais este amor dói?
Será que ele imagina quanto me destrói

Por que quando eu o questiono
Vejo apenas um rosto fugitivo
O seu olhar é bastante inseguro
Parece esconder mil segredos

Seu semblante é moribundo
De alguém que andou traindo
E seu silêncio tanto me dói...
Cadê a sua espontaneidade?

Por esse querer a sinceridade
Já sacrifiquei até a felicidade
Trago comigo as dores de amar
Tudo penso para ir te contar

Talvez se a verdade falar
E a gente vier a se acertar
O amar não seria tão doloroso...
Enquanto está assim conflituoso

Rascunho sofrido estes versos
Em preces ao Deus do Universo
Ter um amor simples e não complexo
É que sonho acordado pelo teu beijo

Embalado na rede no maior abraço

Dueto: Denny & Hilde

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Limpeza...


Preciso arrumar a casa
Mudar o mundo aqui dentro de mim,
Não esperar pelos outros
E passar a ter o governo de mim...

Preciso tirar a poeira
De minhas janelas internas,
Descobrir novas maneiras
Caminhar com as próprias pernas...

Preciso trocar de lugar
Meus móveis de prioridades,
Encarar verdades ocultas
Me jogar em novas viagens...

Preciso esvaziar a lixeira
Da minha caixa de receios,
E reconhecer mais o valor
De quem responde os meus e-mails...




Denise Viana * Psico-poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 11 de outubro de 2008

Não Leia












Não leia este poema

Ele não tem coração

Não tem objetivo, nem tema

Só esta rima de bobão.


Não leia esta loucura

Ela não tem nenhum valor

Não lhe adoece, nem lhe cura

Só tem falta de pudor.


Não leia esta bobagem

Ela não tem merecimento

Não vai te levar a viagem

Só trará aborrecimento.


Não leia esta tolice

Ela não passa de utopia

Não esconde sua chatice

Só envergonha a poesia.


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 4 de outubro de 2008

Paralelos Sentimentos


Poetizo...
O mal resolvido
O mal entendido
A repetição.

Questiono...
A indiferença
A sentença
A discriminação.

Repudio...
A intolerância
A desesperança
A hipocrisia.

Repreendo...
A fúria
A murmúria
A demagogia.

Protesto...
A hostilidade
A politicagem
O desvalor.

Vivo
A confusão
A contradição
O amor.

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fome


Eu sinto fome
Você está satisfeito?
Não sente falta de nada...

O que te alimenta?

Onde está o respeito?
A verdade,
A lealdade,
A honestidade,
A paz,
O amor...

Sinto fome
De pessoas melhores
De sentimentos mais puros
De atos mais nobres
De músicas mais belas
De danças mais livres
De conversas mais confiáveis
De brincar só por brincar...

Fome
De palavras sinceras...

Por isso hoje
Não assisti o jornal
Não entrei na internet
Não atendi o telefone
Não abrir a porta...

Mas amanhã
E depois de amanhã...
E depois, e depois...
Não terei como fugir,
Terei que escrever
Descobrir os alimentos
Os sentimentos
Que estão a nos conduzir...

Você está satisfeito?
Eu ainda tenho fome...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Abaixo o Fim...


Caros Poetas,
Não Cantes com tristeza o Fim...
Não se entregues a desesperança...
Nada será em Vão...
Muito menos o sonho...
Ou aquilo que brotou de nosso coração...

Não quero ser lembradacomo quem desistiu...
Disse "nunca" e Fugiu...
Mas quero e SEREI...
Eterna, no amor a Arte Poética...
Imortalizada, na Paixão a Psicologia...
Infindável, na busca pela felicidade...
E Permanente, na minha Filosofia...

Minha filosofia que é tão, tão mudável...
Mas amigos,
Façam de mim eterna...
Não me coloques um ponto final...
Não me dê certezas...
Eu lhe dou as minhas belezas...
Que estas sim chegarão ao fim...
E valorize o meu viver...
O seu viver...
O nosso poetizar...
Somos eternos mesmo assim...
Pois mesmo depois de nosso "fim"
Alguém vai nos valorizar...
Não tenham medo de recomeçar...
Por que o recomeço também é continuação...
Pois quem cantou morreu,
Mas teve "Fim" a canção?
O "fim" é feio e não tem valia
Pois o poeta morreu,
Mas teve "Fim" a poesia??
Sejamos eternos,
E teremos amores eternos,
Por mais que em breves segundos...
O amor que é poetizado
Nunca chega ao "Fim"...
Morre o Poeta
Morre a pessoa amada
Mas o amor estará lá...
Para ser lido, "Eternamente e sem Fim"...

Denise Viana * Psico-Poeta

*Direitos Autorais Preservados*