domingo, 27 de fevereiro de 2011

PALHAços!

Palhaços
Somos todos!
Em nossos fogos de palha,
Em nossos nervos de aço.

E um espetáculo acontece
Aqui e agora
Para além do que se foi
e do que se sonha ser
Neste picadeiro itinerante chamado vida!


E num conto falado
A palavra cantada
pode até parecer piada
À uma desavisada plateia.


E chega um dia
Que é chegada a sua estreia
E em algum canto
Há alguém que espera ver
O circo pegar fogo!


Aonde estão os palhaços?
Com seus fogos de palha,
com seus nervos de aço?


De maquiagens confusas
Gargalhadas tão mudas
Sapatos tão pequenos
Lá vamos nós!


De suspensórios nas mãos
Que também seguram as calças...
Lá vão os palhaços,
A procura de graça...


Denise Viana * Psico-Poeta

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Sobre coisas que não sei dizer...

Sobre amor, desejo, paixão... O que dizer? Coisas que chegam assim sem avisar, invadem os pensamentos, os sentidos, a razão e a emoção (para os que consideram estes dois últimos separados)... E permeiam sagaz e sutilmente as mãos e seus dedos, os lábios e sua língua, o corpo e suas partes... E nos deixam assim, meio sei lá, inteiro não sei... O que falar sobre coisas que não sei dizer? Do cheiro que fica na pele, da sede, após o beber, da taquicardia e sudorese... Melhor que não haja palavras, nada se enquadra ao que se sente, e muito triste seria se houvesse exatamente como descrever tudo isso, seria como reduzir algo imensurável, ainda que fosse em milhares de páginas. Sobre as coisas que não sei dizer, permito-me sentir!

Denise Viana * Psico-Poeta

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Escolhas...

Pelas Barbas do profeta!
Como eu queria ter algumas respostas...
Como o futuro me pertuba!

O que fazer para viver o hoje?
Com entregas despreocupadas
Desmedidas, perdoadas...

E logo eu, que não sou de me culpar
De julgar, de sofrer pelo medo
Ou se angustiar antes mesmo do tentar!

O que fazer das escolhas?
E com as alternativas eliminadas?
Aonde marcar o x?

Posso até mudar de escolha
Mas nunca é do mesmo jeito
E seja qual for, sujeito-me à consequências variadas...

Como fazer
Para que as exigências do meu ser
Não se conflituem com as exigências da realidade?

Como não ter medo de escolher?
Se nestas escolhas há limitações
Distâncias, perdas, novidades...

Dá vontade de gritar:
"Que se dane!"
Mas como não pensar no que poderá se danar?

E se as coisas boas forem danificadas?
O novo me chama
Me convida, me instiga e me dá medo...

Mas vou tentar conciliar
Os prazeres e os deveres
Os desejos e as escolhas.

Talvez o medo não acabe,
Mas sei que ele vai mudar de questão
Ao menos, até a próxima indecisão...

Denise Viana * Psico-Poeta

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Tão bom...


Eu fico assim
Pensando coisas que eu não sei
Buscando respostas ao que não perguntei.

Eu fico meio assim
Sem saber o que dizer
Mas sinto que sei sim

Que eu te quero
E é tão bom, olhar o mar com você!
Que eu te quero
E é tão bom, tão bom
Te avistar nesse horizonte
Que não sei onde vai chegar...



As ondas vêm e vão
E o coração
Se deixa levar.
Qual é o seu ritmo?
Me deixe dançar com você
Ao teu lado me sinto bem.

E fico meio assim
Sem saber o que dizer
Mas sinto que sei sim


Que eu te quero
E é tão bom, olhar o mar com você!

Que eu te quero
E é tão bom, tão bom
Te avistar nesse horizonte
Que não sei onde vai chegar...

Tão bom, tão bom
E não sei onde vai chegar...
Lalaiá, lalaiááá
Mas sei que quero chegar...
Lalaiá, lalaiááá...

Denise Viana * Psico-Poeta