segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A chama




















Que acesa esteja
A nossa chama,
Chamada ética!
Que seja branda
Mas não se apague,
Que seja forte
Mas não queime...
Que seja generosa
Mas não se iluda,
Que seja boba
Mas não tola...
Que seja flexível
Mas não indolente,
Que seja vigorosa
Mas não áspera...
Que a nossa chama
Não se apague jamais,
E que seja verdadeira
E a sua verdade, sem "mas"...

Um Feliz Natal e Ótimo 2010!!!

Denise Viana * Psico-Poeta

domingo, 15 de novembro de 2009

Dúvidas


As vezes não te conheço
As vezes não te mereço
As vezes não sei o que faço aqui.

Falando do que não me interessa
Sorrindo do que não acho graça
Ouvindo críticas aos meus prazeres.

Parecia ser o mesmo caminho
Por que agora está assim
Como se andássemos em estradas distantes?
[Em direção à caminhos paradoxais]

Aonde se perdeu aquela sintonia?
Aquela sensação de paz e alegria
Que um dia pareceu tão real.

O que existe de verdade
E o que é fantasia?
Até aonde seguiremos?

Diferenças sutis, médias, gigantescas
Incongruências, desconfianças, tristezas
Entre você e eu, incertezas.


Denise Viana * Psico-Poeta

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A procura de terapia...


Poderia ser sonho, talvez até pesadelo, mas que bosta, é real!
É real minha incapacidade, minha fraqueza, minha pequenez...
Por que não sigo o perdão verdadeiro e de paz que tem na bíblia?
Por que não sigo as palavras nietzschenianas e vivo "sem ressentimentos"?
Será que é tão difícil estar em Paz? Paz pra mim é sentido...
'Sentido' pra mim, é, mesmo em situação de guerra, está congruente em pensamentos e atos...
Por que as pessoas são tão "sem sentido"?
Por que dizem coisas e fazem outras?
Como podemos confiar em alguém? Como? Quem?
Eu sei que a culpa talvez seja minha,
Mas enquanto alguém não pontuar minhas falhas de forma que tenha "sentido", continuarei na minha congruência, que tanto me conforta, quanto me maltrata...
E se você não puder me ajudar, já me fará um grande favor sendo congruente também na sua própria vida...

Denise Viana * Psico-Poeta

domingo, 16 de agosto de 2009

Frio


Que mundo maluco

Hoje eu tô aqui, amanhã posso tá lá...

Bastam que as notas ditem as regras

Que conduzem as direções e ações

De seu nobre pós-moderno-feudo-reino.

E assim sinto a razão se esgotar

Se definhar, se diluir...

E novas potências serem descobertas

Com vozes de emoção, de afeto profundo

De harmonia, de sentido no outro

E no outro em mim.

Mas hoje durmo só!

E o frio, sombrio, vazio

Não sabe de nada, não tem um pingo de dó...

Sinto o perfume

Do incenso de Rosa Branca

Tento manter a calma

Pensar, esperar, acreditar.

Faço cálculos para amanhã,

Mas deixo sempre espaços livres para o incalculável...


Denise Viana * Psico-Poeta

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pensamentos...


Em outra dimensão, outra noção, outra estação... eu só queria poder, só um pouquinho entender, o que quer meu coração...


Denise Viana * Psico-Poeta

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Socorro!!!


Ajudar às vezes dói...

Tomar uma atitude é difícil...

Se decidir é um suplício...

Mas é assim, que agente se constrói.


Alguém pede socorro...

Pode ser uma cilada...

Você pode não fazer nada...

E sentir-se bem, enquanto eu morro.


Denise Viana * Psico-Poeta

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Análise do filme A Metamorfose, através do estudo da Alteridade


Refletindo sobre o filme A Metamorfose – História de Kafka, pode-se compreender um pouco mais sobre a questão da alteridade, da consciência do outro, não só da percepção do outro, mas de sentir-se no outro, de ver você no outro e o outro em você. Como bem fala Pedrinho Guareschi, a noção de “outro” vem do sentido da “relação”, sendo esta relação “uma realidade que para poder ser necessita de outra, senão não é.”
Nota-se que no filme, Gregor está envolto nesta dinâmica das relações, primeiramente o filme mostra a sua relação de poder, de provedor, de detentor do trabalho, de ser o grande arrimo que assegura a sua família, onde pai, mãe e irmã sentem-se bastante confortáveis na posição de assegurados por esta relação. A partir do segundo momento, quando esta relação se inverte, a experiência do outro, e do outro diferente e dependente em que agora Gregor se encontra, passa a ser de ódio, de desejo de extermínio daquele que atrapalha e impede a vida.
Muitas vezes pensamos no outro como algo longe de nós, longe de nossos referenciais morais, éticos, políticos, sem vínculos com a nossa existência, mas o outro, mesmo não sendo nós, faz parte do que somos, isto é, o outro é mesmo o “outro” sim, é aquele que não sou eu, mas que, segundo o professor Paulo Cesar Duque-Estrada (PUC-RJ), é algo que está ligado à mim, que é inseparável de mim, da minha cultura, da minha língua, do meu devir, do devir da minha vida.
Ao transformar-se em inseto, ou melhor pontuando, ao sair da posição de provedor, Gregor perde para sua família todo o seu teor humano, e como o humano é caracterizado em nossa sociedade como um ser racional, o antigo Gregor, o Gregor provedor, morre com a sua racionalidade, ficando ali somente o seu corpo inseto, irracional, com o qual a família não quer se relacionar, negando a sua aceitação e a sua existência.
Para Maturana (2002), o ser humano se constitui exatamente no entrelaçamento do racional com o emocional. Dizer que a razão caracteriza o humano é um “antolho”, pois nos deixa cegos frente à emoção, que é desvalorizada como algo animal, ou algo que nega a razão. Percebemos nas cenas do filme que Gregor, apesar de não mais conseguir se comunicar, se alimentar e viver como um ser humano, tinha emoções, todos os seus afetos se passavam em sua mente, nas lembranças do passado e nos sonhos que tinha com a vida que poderia ter vivido, caso não houvesse as obrigações que possuía quando provia a sua família.
Para além da literatura, do conto do homem que se transformou num inseto, a atitude da família de Gregor, é muito comum em nossa realidade, é a negação do outro, é o fato de não aceitarmos o modo de viver do outro como algo possível, porque está fora do nosso padrão, do nosso controle, e assim sendo, é algo ameaçador. Essa negação ocorre em vários âmbitos, mas principalmente na área da saúde/doença mental. A visão dos doentes mentais, tanto dos olhos dos profissionais quanto do senso comum, ainda é ofuscada pela negatividade que carregam os rótulos dessas doenças.
Muitas famílias se frustram diante do sofrimento mental de um ente, se frustrar faz parte da emoção destas pessoas, o que aqui não é o problema, pois a família também sofre, também é afetada por esta mudança, a questão que aqui é situada está entre o acolhimento deste ente e da negação dele. Muitos acreditam que é conveniente afastá-lo, trancá-lo, dominá-lo, "castrá-lo quimicamente", pois o seu modo de viver não cabe dentro do ciclo familiar e social. E ao mesmo tempo em que o “doente” necessita se afastar das relações para que a família possa continuar a viver, parece-nos que somente o óbito deste, consegue dar a liberdade àqueles. Por isso, é a morte de Gregor que liberta sua família, o novo Gregor, o “outro”, o inseto, embora negado, ainda interferia em suas vidas, pois conforme Guareschi, o “outro” é sim alguém essencial em nossa existência, e da qual depende o nosso próprio agir.

Denise Viana * Psico-Poeta

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Dia bom...




Nada melhor do que uma boa pedalada matinal para espantar todos os temores e aquela infértil preguiça que nos prende no desânimo e na descrença. Hoje, depois de muito, muito tempo mesmo, acordei bem cedo, antes do despertador tocar, bem antes, bem cedo. Ainda tentei dormir um pouco mais, mas não consegui. Então, tive a brilhante idéia de sair com minha adorável bicicleta. A sós, eu e ela, pensamos em ‘mil e uma’ utilidades e tolices... Meia hora depois de volta em casa, eu me sentia mais forte, mais serena, mais viva... E o dia foi grande, repleto, movimentado... Até cozinhei, apesar de todos os trejeitos... Mas bom mesmo, foi no fim deste dia receber aquele beijo, com abraço e aconchego, embrulhado de amor, paixão e desejo.


Denise Viana * Psico-Poeta

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Re-corte













Há um vazio...

Amanhã será um novo dia...

Mas o hoje... Já passou.



Denise Viana * Psico-Poeta

domingo, 21 de junho de 2009

Coração Machucado


Onde você está?
Não está do meu lado
Meu sorriso envergonhado
Está cansado de mentir.

Talvez vai me ligar...
Mas talvez esteja ocupado
Ou com alguma coisa magoado
Que até se esquecestes de mim.

Queria lhe fazer uma surpresa
Mas não é só o tempo que está nublado
A sua voz em tom ‘frio’ à ‘gelado’
Faz você do meu carinho fugir.

E eu não sei o que fazer...
Recordo do tempo do céu estrelado
Dos encontros e abraços apertados
Quando o tempo parecia não existir.

Será que devo marcar uma hora?
Ou devo deixar este poema calado...
Não sei, mas creio que algo está errado
E a tua distância fica a me consumir.

Tenho sonhos e quero fazê-los realidade
Você meio sem rumo, tem os planos quebrados
E assim é que sente meu coração machucado
Porque olha pra frente, e não temos para onde ir...


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*
**Escrito a um tempo... Só agora postado**

domingo, 7 de junho de 2009

Selo "Olha que blog Maneiro!"


Recebi o selo “Olha que blog Maneiro” da Astréia e Narciso do blog http://palavrasdevaneios.blogspot.com/ Obrigada queridos poetas pela indicação!



Regras:

1- Exiba a imagem do selo "Olha Que Blog Maneiro".
2- Poste o link do blog que te indicou.
3- Indique 8 blogs de sua preferência.
4- Avise seus indicados.
5- Publique as regras.
6- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

Blogs indicados:

http://palavrasdevaneios.blogspot.com/
http://dafloraflordelis.blogspot.com/
http://namedidadosensivel.blogspot.com/
http://www.diegoschaun.blogspot.com/
http://hildepoeta.blogspot.com/
http://simplesmente-unica.blogspot.com/
http://surfandokarmas.wordpress.com/
http://candeeirocafe.wordpress.com/

Obrigada! E um grande Bjo a todos!!!
Denise Viana * Psico-Poeta

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Restos Auto-biográficos...


Como diz na letra da música:
“Temas, poemas, problemas, não faltarão, não...”
E minha história, sempre vira canção...
Minha vida foi invadida
Roubaram lembranças de meu coração...
Abriram minha caixa de Pandora
[re]velaram meu mundo Apolíneo
E meu mundo Dionisíaco
Saltaram os muros de minha intimidade
Fuçaram, reviraram,
Mexeram nos meus segredos
Riram de minhas idéias
Aplaudiram alguns feitos...
Viram os defeitos
Os trejeitos
Os [mal]feitos
Meus modos, meu jeito...
Toda minha história
Ficou aberta
Crua
Nua
Frente aos meus olhos
Olhos de corça
Olhos que viram o [tal] ladrão
O malandro invasor
De meus pensamentos e sentimentos...
Viram-no num espelho,
Êta!! Que sou só eu!
Que vejo assim este mundo...
E mesmo revelando-o
Muitos nada perceberiam
Poucos entenderiam algo
Porque este mundo é assim
Difícil mesmo de entender
Compreender
[es]clarecer
Explicar...
Assim,
Que minha invasão seja a partida
Pra busca incessante
De minha construção,
De novas alternativas
De nova direção,
Por que todas as saídas
São sempre uma opção
E quem quiser ficar
Criando história, então Fica!
Já entendi que sei só um pouco,
O resto?
A fenomenologia Explica...


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 16 de maio de 2009

Sonho ou Delírio...


Esta noite fiquei virando e revirando na cama
Meu corpo tava quente
A respiração devagar
Meu coração batia apertado
Como que se não estivesse cabendo mais em mim...
Meu olhos se enchem d'água
Havia dúvidas em mim,
Diferentes das de todos os dias
Das de todas as noites
Havia uma louca confusão
Lembranças inventadas entre a razão e o coração,
Tão reais que não sei
Se foram sonhos ou delírios,
Desejei algo profundamente
Desejei com todas as forças
Mas não podia alcançar, tava longe
Havia uma parede, um mundo imenso
Entre eu e aquilo que desejei...
Acordei livre, Com o corpo feliz
E levantei sem saber
Por que sentia saudades do travesseiro...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Mãezagem



Mãe,

Tu sempre me deste

O melhor de teu coração,

Os melhores anos de sua vida,

O melhor leite, a maior lição...


Mamãe,

Como é bom o seu afago

Confortante e quentinho,

E o seu sorriso mãezado

Que apóia com carinho...


Mainha,

Tua presença me Inspira

Tua falta me desnorteia,

A tua mão me consola

E o teu olhar me encandeia...


Mami,

Teu nome é o mais belo que existe

Deve ser pronunciado com doçura,

Para expressar sua beleza

Seu charme e sua ternura...


Mãezinha,

Sinto muito pelas vezes

Que não parei e te ouvir,

Perdoe meu coração apressado

Que lhe ama mesmo assim...


Mama,

Obrigada por seu amor

Por sua bronca e seu café,

Pela segurança de suas palavras

Por ser mais que simples mulher...


Mulher de minha vida,

Única como sol de minha mãezagem

Onde desavença qualquer é engano,

A muitas também tenho afeto profundo,

Mas tu mãe, é a mulher que mais amo!


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quinta-feira, 16 de abril de 2009

VERgonha!


Toma vergonha!
Toma jeito!
Tome tento!

E engole tudo! Não cuspa!
Não reclame! Não chore!
Respeite! Aceite!

Feche as pernas!
Tem que se comportar!
Ou então não vai casar!*

Cale-se! Aquiete-se!
Tira a mão daí!
Não fale isso!*

Coisa feia!*
Você não pode!
Não me envergonhe!

Tenha educação!
Tenha juízo!
Tenha vergonha!

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Liberdade


Hoje sinto-me livre
Do peso da “imagem”
Dos símbolos, dos estereótipos...
Não escovei os cabelos
Tão só lavados e soltos
Molhados, refrescantes sobre a pele...
Nada de base cor 14
Do iluminador morango com chocolate
Ou do blush rosa púrpura...
Sem máscara para cílios
Sem o bom e velho lápis preto
Sem a sombra sobre o olhar...
Neguei o delineador nos lábios
O gloss intenso rubro
E até o batom carmim surreal...
O sabonete já perfumado
Que espuma e hidrata
Deixa-me leve debaixo d’água...
Estou livre...
Daquela propaganda sedutora
Que nos dizia o que era beleza
Que enquadrava, estipulava...
Hoje, com todo respeito
Quando eu olho no espelho
Nem lembro da perfeita modelo
Da Barbie, da Hickmann, da Cinderela...
E assim, quando estou livre
Mesmo que os outros não vejam
É quando eu mais me sinto bela...
/
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 28 de março de 2009

Fugaz



Eu tenho os passos largos

Quero acompanhar o vento

Eu sei que ainda sou jovem

Mas sei que é por pouco tempo...

Eu gosto de fazer planos

Não gosto de olhar para traz

E minha pouca experiência

Me fez entender que tudo é fugaz...

Eu quero superar meus limites

Quero amar sem pudores

Quero acreditar em meus amigos

Ver, no preto e branco, cores...

Eu quero sorrir de todos meus erros

Quero levantar após cair

Quero saber pedir perdão e perdoar

Enxergar o outro dentro de mim...

Eu quero aprender com o passado

Degustar os sabores do presente

Pois do futuro só Deus sabe

E nossas certezas, brincam com a gente...


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sexta-feira, 27 de março de 2009


Vazio!
q
Falta!
q
Saudade!
q
Nostalgia!
q
Ausência!
q
Delírios...
q
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Fugi de Casa!


Fugi de casa!
Do meu quarto
Das pessoas
Das aulas
Das cobranças...

Levei só uma mala
Poucas roupas
Uns Livros
Uns cadernos
Umas bobagens
E muitas lembranças...

Agora tenho um teto
Tão bonito
Tão estrelado
E a brisa noturna
Com gosto de liberdade...

Sinto que estou à procura
E não sei ao certo do que,
O coração dispara
A respiração rasteja
O corpo treme
Despeço-me da cidade...

Meu destino é o horizonte
Não consigo ver o fim
Enfrento sol e chuva
E a saudade desnorteia
Voltar seria uma saída...

Retornei para casa!
Revejo as luzes do passado
O aconchego que incomoda
Tive medo de represália
Até entender que minha falta
Não foi sequer percebida...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 21 de março de 2009

Direção



Estou tentando dirigir a minha vida
Já me acomodei ao banco
E regulei os retrovisores.

Passei o cinto de segurança
Passei blush e batom
Passei por vários professores.

Mas o receio ainda não passou
Abrir a janela ou ligar o ar?
Calor, abafamento ou poluir?

É muita coisa pra pensar
Muito pedal pra pouco pé
Mais olhos do que tenho em mim.

Já virei a chave, já liguei o meu veículo
Já coloquei na primeira
E baixei o freio de mão.

Lá nos pés soltei o freio
E a embreagem bem devagar
Anda o carro, anda a vida, anda meu coração.

O barulho é um pedido, depois de acelerar
A mão desliza pra segunda
Dou sinal e vou em frente.

Mais um chamado, vou de terceira
Entre trinta e quarenta
E já estou ficando quente.

Tenho sempre que me adiantar
Pois na pressa tenho que reduzir
Além de encontrar o sinal fechado.

Mas às vezes sinto tanto medo de ir
Que nem percebo que deixei
O freio de mão puxado.
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*
*
Como disse um grande professor, a coisa mais díficil de nossa existência é tomar a direção da nossa própria vida...

domingo, 8 de março de 2009

08 de Março


Menina
Malina
Moleca
*
Malandra
Mocinha
Miúda

Melosa
Metida
Mimada

Metafórica
Mútua
Macia

Maioral
Meiga
Materna

Mestra
Mística
Manhosa

Maluca
Marrenta
Melindrosa

Malagueta
Malabirista
Maliciosa

Malvada
Mudável
Múltipla

Maravilha
Mistério
Mulher...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*
*
Em especial neste Dia Internacional da Mulher

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Nada de tristeza...


Se não queres um poema triste
Pare aqui mesmo a leitura deste!
Pois hoje não consegui disfarçar...

Fiquei admirando a noite na cidade

Através da janela do ônibus

Tantas luzes! Tantas luzes!

A cidade tá tão grande, e tão, tão vazia,

Tão vazia que eu pensei que estava lá

Mas, mas eu não estava...

Não havia lugar pra mim lá

Porque lá, lá só tinha o nada.

E lembrei que o mais importante

Que já aprendi até aqui, foi esqueCer,

Embora seja muito, muito dolorozo

Fingir não lembrar,

Não lembrar que você não está lá

Simplesmente porque lá, está o nada...

E você quer ir pro tudo

Mas, o tudo não há mais
Quer ir pra verdade

Mas a verdade já não há...

Só há você!

E sua potência desconhecida

E outras milhares de potências

Que você provavelmente

Não conhecerá completamente.

São tantas loucuras sadias e normalices estúpidas,

Fico pensando nas minhas bobagens,

Nos sofrimentos alheios,

Em todos os nossos destempeiros,

E nas pobres crises tristes, proibidas e banidas

Da nossa "tal" liberdade de expressão,

Expressada nas propagandas

Que vendem pedaços de utopias

Que fantasia a feliciade e te ensina

Que a família feliz é a do comercial de margarina...
(Abre-se parênteses para o sorriso aqui mencionado,

não cofuda-se, pois ele quer ser real e não apagado)

Porque? Porque? Ora...

Porque sorrindo (assim), feliz (dessa forma),

Não questionamos, não lutamos

Nem almejamos nenhuma mudança...

E o "sistema" cobra tanto o seu sorriso

Que fica cada vez mais complicado

Identificar o grau de sinceridade presente nele,

E, sinceramente, sem sinceridade, não temos nada...

Se lembra do nada?

É! O nada...

Aquilo que tá lá no seu lugar...
Tantas luzes, Tão vazias,

O ônibus também tá vazio, e o cobrador

Com olhar curioso achou uma desculpa pra comigo falar
"Por que 'cê' tá tão tristinha?"
Então pensei por dois segundos...
Um,
Dois,

Olhei-o abrindo um sorriso bem grande e respondi

"Por nada!".

x
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Choro de Quarta...

Hoje eu queria
Poder SOrrir de graça
Sair da teoria
Recitar e ouvir poesia
Ali, ou em QUALquer praça...
Conhecer-me mais um pouco
Com os textos, as paLAVRAS,
As músicas dos outros
Dos novos,
Dos velhos, que ainda não conhecia...
Eu queria beber, comer, respirar e transpirar
Fazer aMor com a poesia
E, se quem a recitar
Falar alto e gesticular
Ahhhhhhhhhhhhhh!!!
O gozo do aprendizado!
Que mesmo quem está CALAdo
ConSEGUE ao ápice chegar...
Podem até nos chamar de “nus”
Estamos mesmo despidos
Das roupas cheias de fantasias
Dos VALORes, das brigas vazias,
Não somos caRIcaturas, imitações,
Nem gregos nem troianos,
Nem tão pouco julgadores,
Somos soMente aprendizes
Que anseiam o saber
Ainda que sabendo
TalVEZ nunca o conhecer...
Mas é bom tentar dividir
Este mundo fenomênico,
Tão confuso e enganaDOR
Que entre esses amantes literários
Parece ser tão real,
Com liberdade, sem pertença
Entre brisa, álcool e fumaça
Cada qual e a sua poTência,
Semelhanças e diferenças...
Bem que eu queria
Deixar as minhas Jaulas
São tantas CORREntes invisíveis
Que não me deixam ir à praça,
Vou chorar as quartas
Por que a AcaDemia,
Assim como o tempo,
Pirraça...

*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Motivações e vaidades

Na vida do poeta e do artista
O que inspira e o move à escrita
São imagens... Passagens... Sacadas
Gestos, atos, fatos, Palavras...

Mas há que se reconhecerem os defeitos
Porque nem tudo é qualidade
Por que nem tudo é perfeito
Somos produtos da sociedade
De seus valores e insanidades
Maldades, vaidades e iniqüidades
Que nos são impostas como verdades
Onde o que rege é a inveja e aparência
Travestidas, bandidas, mascaradas e soberbas
E que andam como bêbadas vadias pelas esquinas...

Mas há também as motivações sadias
Que nos alimentam no dia à dia
Trazem paz, aconchego e alegria
Os elogios que nos beijam os olhos
Quando vindos de almas puras e sinceras
Parecem carícias plenas de delícias
Que pelo glamour e elegância viciam
E nos impulsionam às novas criações
As vezes somos poesias, outras vezes canções
É que é tudo uma espécie de salada de ilusões
Você vai lá e se serve à vontade...

E que a tua alma faça valer à pena
Afinal todos já sabem que ela não é pequena
Seja ela uma Enise ou Denise
Com varizes ou sem valise
Que se frise ou entra em crise
Há respeito e poesia em ambas ‘Ises’,
São frutos poéticos e elétricos da criatividade
Quem vos fala é um aprendiz na flor da idade
Numa madrugada de sábado,
Movido, tocado e Chacoalhado
Pela “Ise”, poetisa "psic’ótica"
Numa ensolarada manhã de domingo...

Dueto: Hilde & Denise


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

História de sabiá...


Caminhava na estrada
Ouvi uma voz me chamar
Eu olhei mais não vi nada
Lá só tinha um sabiá.

E ele falou de novo
Não precisa se “avexar”
Chegue perto “dona moça”
Que uma história eu vou contar.

Sabiá tu é danado
Mas não vai me enganar
Tem algum piá “marvado”
Querendo me assustar.

Dona moça não se assuste
Que eu to aqui pra ensinar
Lhe contando o meu conto
Que me fez um sabiá.

Então ta vou me sentar
Mas tu preste atenção
Se tu me falar bobagem
Já to com a “peda” na mão.

E eu não sou de duvidar
“muié braba” é o cão
Foi uma “muié” faceira
Que “froxou” meu coração.

Um dia eu fui um “home”
Muito bem “aperçoado”
Muito e bom conquistador
Tinha fama de safado.

Também fui “trabaiador”
Pelo mundo eu cantava
Cada praça era um “shô”
Cada canto uma namorada.

Na beira do Velho Chico
Foi que tive uma cilada
Conheci a margarida
Uma moça encantada.

Bela e fina como a flor
“Braba” como onça pintada
Pra mostrar-lhe meu amor
Foi quase uma luta armada.

“Finarmente” ela aceitou
Quase eu caí no chão
Mas pra ter aquela Dona
Ela pediu condição.

Tive que me enraizar
E largar meu violão
“Trabaiá” com o pai dela
Eu não pude dizer não.

Quando eu abri o “ôio”
Eu já tava era arriado
Margarida meu amor
Havia em mim montado.

Eu fazia os seus “capricho”
Tava bobo e apaixonado
De noite eu era amor
De dia eu era escravo.

“Mermo” com o sofrimento
Margarida eu amava
Sua brabeza, seu ciúme
Eu já nem me importava.

Aprendi a lhe domar
Mas ela me avisava
Se um dia tu aprontar
Vai sentir da minha raiva.

Eu até que acreditava
Mas um dia eu esqueci
Quando vi a Rosa Olinda
Se ofertar toda pra mim.

Êta morena formosa
Me levou a perdição
Voz macia e dengosa
Eu caí na tentação.

Rosa Olinda era da vida
Maltratou meu coração
Levou todo meu dinheiro
Me deixou só de calção.

Foi assim que a margarida
Me encontrou lá no bordel
Tava chorosa e ferida
Pensei que eu ia pro céu.

Margarida minha flor
"Cê" ta entendendo errado
Entrei aqui sem querer
Depois que fui “assartado”.

Mas de nada adiantou
Tava grande sua mágoa
Ela nem me “escuitou”
Só rogou a sua praga.

Eu que bem te avisei
Mas tu não me deu valor
Nem comece a mentir
Tu “cabô” com nosso amor.

Vai se embora dessa terra
Não voltes jamais pra cá
Quando “oiá” moça bonita
Vais virá um sabiá.

Eu “panhei” o meu destino
E saí a caminhar
Sozinho e “cum home” “sô” gente
E com “muié feia” que encontrar.

Essa é a minha história
Dona moça a me “escuitar”
Na frente das bela moça
Eu só sou um sabiá.

Ora amigo sabiá
Se é verdade o que “cantô”
Tu não tens o meu penar
Pois tú “mermo” procurou.

Se um dia se ajuizar
E aprender com a lição
O feitiço vai cessar
E vai ser homem de coração.

Agora eu já vou me embora
Que já ta a anoitecer
Obrigada pela hora
Eu não vou me esquecer.

Quando “home” tu virar
“Percure” Maria Flor
Que eu vou me “certificá”
Se tu realmente “mudô”.

Foi se embora o sabiá
Todo mudo e cambado
Eu só quis foi “ajudá”
Êta bichinho coitado...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Mundo interno...


Ta bem...
Há mesmo uma briga interna
Difícil de apaziguar
Êita corpo, que tanto clama!
Êita mente, de tanto pensar!

Febre
Rubor
Suor
Tremor
Preocupação
Imaginação
Dúvidas
Confusão

Corpo e Mente
Doente e são

Futilidade e precisão
Sentimento versus sensação...
Caramba!

Mente e Corpo
Corpo e Mente
Devia ser mais fácil
Já que tudo se passa
Aqui dentro da gente,
Mas êita mundinho interno de cão...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Conto: Primeiro Beijo


Naquela sexta-feira, 22 de julho mais precisamente, eu estava ansiosa para a aula acabar. Ele iria me levar no ponto de ônibus, como todos os dias, e quem sabe tocaria no assunto das mensagens que havíamos trocado no dia anterior... Eu o escrevi que estava cansada relatando toda a minha rotina diária, ele repetiu-a acrescentando o seu nome no final e perguntando “Posso me incluir na sua rotina?”, “Sinta-se incluído!” foi a resposta.
Poderia ser só mais um trocadilho entre amigos, fazíamos isso há três meses, mas já estávamos perdendo o controle da situação. Primeiro era só uma amizade de cursinho, sentávamos juntos, começamos a conversar, ele passou a me acompanhar ao ponto e esperar comigo até meu ônibus chegar. Nos tornamos amigos. Ele até que dava umas indiretas, mas era difícil saber quando ele falava sério. Daí então, saímos juntos, fomos a pizzarias, festas, cinema, dançamos, divertimos, e até lemos juntos o romance “O Diário” de James Patterson, como bons amigos. Riamos juntos, falávamos bobagens, ficávamos olhando para as estrelas no céu, trocávamos CDs, todo dia tinha abraço, olhar, telefonema, uma mensagem ou um e-mail. Ficamos amigos dos amigos do outro, e assim, fomos entrelaçando nossas vidas.
Finalmente a aula havia acabado, eu sabia que se fosse logo para o ponto pegaria o ônibus daquele horário e chegaria mais cedo em casa, mas eu não queria chegar cedo à lugar nenhum. Caminhávamos a passos lentos, falando besteiras, até ele dizer que queria falar comigo. Senti o sangue sumir de minhas pernas, meu rosto avermelhar, as mãos suavam, o coração disparou, e a respiração ficou mais lenta, “O que ele irá dizer?” pensei. Fomos até o ponto mais próximo, ele tava nervoso, ficava falando as mesmas coisas sem sair do lugar, falava, falava, mas nada dizia, e ainda perguntava “E aí? O que você acha?”, eu sorria pra disfarçar o nervosismo e respondia “É! Também acho, também tô sentindo isso”, na verdade eu senti que era difícil pra ele, mas ali, ou como uma romântica à moda antiga ou uma garota orgulhosa, não tomei nenhuma iniciativa e arrisquei-me na possibilidade de toda aquela expectativa não dar em nada. Meu coração ficava cada vez mais acelerado, eu nem estava mais escutando o que ele dizia, fiquei olhando pra sua boca pra ver se ele entendia que eu estava muito afim de um beijo dele, mas o ponto encheu de alunos, tava um barulho enorme, ele me chamou pra ir pro outro ponto que tava mais tranquilo, mais um ônibus que eu pegaria passou, “é agora ou nunca!” pensei, o próximo ônibus seria o último, apesar da ansiedade não podia lhe dizer o quanto ele mexia comigo, “e se for brincadeira dele, e no final ele não disser nada de interessante?”, eu não podia me arriscar, não podia me revelar antes dele.
Chegando no outro ponto, ele começou a dizer que não sabia bem o que estava acontecendo, eu confirmei que também não sabia, na verdade, os dois queriam muito deixar toda aquela conversa de lado, mas todo aquele tempo de amizade, todas as lembranças ficavam martelando em nossas mentes, colocava em dúvida se aquilo que queríamos que acontecesse pudesse apagar os três últimos meses em que éramos somente amigos. Caminhávamos pelo ponto, sentávamos, levantávamos, fomos para um canto onde o vento não batia muito, a noite tava fria, eu encostei na parede, ele olhou-me profundamente nos olhos e fez uma pergunta relembrando uma frase que me escreveu num e-mail “Posso colocar meus olhos a dois centímetros dos seus?”, eu não respondi, fiquei esperando ele se aproximar, com os olhos a dois centímetros, finalmente nossos lábios se tocaram, fechei os olhos e senti uma vontade enorme de guardar aquele momento para todo o sempre, foi um selinho de uns cinco segundos, onde pela primeira vez, todas aquelas sensações descritas nos livros e mostradas nas comédias-românticas - que sempre caracterizei como bobos e mentirosos - me pareceram reais. Era como se o barulho dos carros passando naquela movimentada avenida tivessem desaparecido, e uma música suave estivesse sendo tocada, o frio na barriga, as pernas bambas, o tempo pareceu parar... Quando ele se afastou ainda permaneci alguns segundos de olhos fechados, sorrindo. Quando abri os olhos o vi parado na minha frente, me olhando extasiado, com um sorriso enorme, com os olhos brilhando, voltou e beijou-me intensamente, beijo quente, molhado, envolvente, arrepiante, apaixonado, emocionante...

Denise Viana * Psico-Poeta

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Perda


Esqueça estes olhos tão meretrizes
Esta face redonda
Este queixo de cobra
Esqueça, que o tempo não volta!
Apague a boca
Os cabelos tão soltos
A pele macia!
Apague, que assim será melhor!
E também o pescoço, braços e mãos
Seios, barriga, umbigo
Costas, cintura, glúteos
Coxas, pernas, pés
Esqueça! Apague!
Que o tempo não demora
Já estava passando da hora
Sinta, ouça, tenha calma
Ela só ta indo embora...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

domingo, 18 de janeiro de 2009

Pedalando emoções


Hoje pude comprovar
Que andar de bicicleta
A gente realmente não esquece,
Mas tenho que confessar
Que havia me esquecido
Do quão bom é...
Mesmo após muito tempo
O corpo sabe exatamente o que fazer
Em cima daquela “magrela”
Pés e pedais
Mãos e guidão
Movimentos e equilíbrio
Olhos e ouvidos atentos
Tudo entra em sintonia,
Mas esta parte fisiológica
É tão bem acomodada
Que quase não é percebida
E quase que automática
Ela segue o seu percurso...
E a mente despreocupada
Avisada pelo corpo
Que ta tudo sob controle
Exalta livre em gozo
O vento leve e saboroso
Que invade a sua face
“Como é bom!”
“Como é bom!”
Então você se dá conta
Que sempre soube
Só havia se esquecido
De como é bom
De como é simples
De como é puro
De como é inspirador
De como é sereno
De como é poético...
Venha!
Vamos dar uma volta por aí,
Movendo o corpo
E pedalando emoções...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sábado, 17 de janeiro de 2009

Instinto


“Estou perdida neste labirinto literário...
*
Escondida atrás destes muros poéticos.”


Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Lágrima


Estou cansada
Queria saber o que falta
Tá tão diferente todo esse lugar
Este lugar que só nós conhecemos
Quando chegamos aqui
Tava tão calmo
Tava tão bom
O que aconteceu?
O que está acontecendo?
Já fiz minhas mudanças
Já tentei me consertar
E mudo mais se for preciso,
E se for possível...
Mas ainda não sei
O que houve por aqui
Vamos refazer este lugar
Ele é nosso
Somos os responsáveis por ele
Então não se cale
Divida comigo esta lágrima
Hoje me sinto muito só...
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

domingo, 11 de janeiro de 2009

Incômodo


O barulho do trânsito já não me incomoda
Tranquei-me dentro de mim
E poucos passam pela minha porta.
As imagens estranhas já não me incomodam
Fechei os olhos e deixei-me conduzir
Tudo agora tem a mesma forma.
O cansaço do corpo já não me incomoda
Programei-me em às vezes não sentir
E se não sinto, o sentimento não retorna.
Ah! O poema!
O poema me surdou, cegou, paralisou...
Agora, tudo me incomoda.

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Prelúdio a um banho


É verão!
Ta chovendo,
Mas tá calor...
Eu to de roupão
Escrevendo
Pra esquecer a dor...
De pernas cruzadas
Mãos na cabeça
Tentando pensar...
Nas coisas passadas
Que ainda que esqueça
Ficam à assombrar..
Eu queria gritar
Sair pra beber
Alguém pra dividir...
Eu queria falar
Queria entender
Depois fugir daqui...
Eu queria dançar
Mas essa música não dá
Pode ser o meu defeito...
Entre tantos que há
Não posso compartilhar
Do que me deixa sem jeito...
Agora só um banho quente
Pode me acompanhar
E adormecer este coração...
Que de tanto querer, que sente
Nem sabe o que falar
Diante a sua razão...

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos autorais Preservados*

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

BEM AMADO


Quando você sorrir
Tudo se transforma aqui
Dentro deste coração amado
Tão bem amado
E apaixonado por ti...
Não me olhes desse jeito
Que viro manteiga
E me derreto
Por este olhar de homem
Com um brilho de menino
Que me transborda de fascínio
Encantos e seduções
Pensamentos e emoções,
E seriam todos seus
Se eu tivesse mil corações...
Você me mostrou o mar
Conquistou o meu amar
O bom e o bem de amar,
Invadiu minha poesia
Ora, quem diria?
Que esta poetisa desengonçada
Malandra, danada, malvada
Pudesses estar ‘Um dia’
A amar apaixonada...
Estou a sorrir sozinha
Ouvindo o som da tua risada
Ela penetra meus ouvidos
E até perco os sentidos
Quando recordo as tuas palavras,
Tão gritantes e tão caladas
Declamadas e cantadas
Ditas propositalmente erradas
Pra um sorriso me arrancar,
Aí me impulsiona
Me cutuca e me chama
E depois me avisa
“Vai devagar!”...
Por que me conheces
E sabes que tem que me alertar
Porque as vezes não sei me limitar
Porque eu sou maluca
E me jogo no mar
Sem saber nadar,
“Mas é só porque sei
Que você estará lá”
Porque fico caduca
E esqueço do mundo
Quando tinha que lembrar...
Como lembrar de algo?
Diante teu corpo suado
Seu queixo adocicado
O seu abraço apertado
As suas mãos à me tocar,
E que não sejas o leitor pervertido
De distorcer minhas palavras
E pra luxúria às levar...
Somente não poderia escrever
Deste homem bem amado
Em um tom tão reservado
Escondendo suas belezas
Como se elas fossem pecado,
(Maldades pior por aí há)
Pois quem ainda não sabe
Um dia saberá
Não é como conto de fadas
Mas é certo que existe
O príncipe encantado,
Cheio de defeitos
Necessidades e malfeitos,
Que você perdoa
Esquece e o deseja,
Por que ele invalida tuas falhas
Sorrir de ti e te almeja,
E te faz acreditar,
A cada hora, a cada dia
Que tu és uma princesa...
Então vamos ao castelo
Eu vou com ele
Você com ela
E você com o seu,
Faça o seu amor sorrir
Não esconda suas loucuras
Todos nós temos
Um reino encantado dentro de si.
Viva-o!
*
Denise Viana * Psico-Poeta

sábado, 3 de janeiro de 2009

Amar...


Sabe uma vontade louca
De beijar a boca
E se deixar consumir.
Sabe uma saudade imensa
Uma sede intensa
Que passa a te sucumbir...
*
Sabe uma sensação de dor
Da lembrança do Amor
Sempre que se vê só.
Sabe uma canção legal
De uma letra fatal
Que lhe maltrata sem dó...
*
Sabe um perfume atraente
Que recorda a pessoa ausente
Mesmo o olfato enganado.
Sabe um ciúme contido
Um grito estremecido
Levemente sussurrado...
*
Sabe um desejo apaixonado
Um carinho, um cuidado
Uma busca em eternizar.
Sabe um anseio profundo
Algo maior que o mundo
Que te faz, mais e mais, amar...
*
Sabe?
*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Sensações


Eu fui procurar,
Nas ondas do mar
Algo que faz e que se repita
Algo que alguém me mostre
Algo que alguém me diga...

Eu tentei dizer,
O que não posso compreender
Algo que sei que é assim
Que quis ouvir de alguém
Algo que quis ouvir de mim...

Ainda estou procurando o que dizer
Sou poetiza sonhadora
Que não sabe o que fazer
Das ondas do mar
Nada posso entender,
Só queria ouvir de alguém
Algo que eu não sei dizer.

Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*