terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Choro de Quarta...

Hoje eu queria
Poder SOrrir de graça
Sair da teoria
Recitar e ouvir poesia
Ali, ou em QUALquer praça...
Conhecer-me mais um pouco
Com os textos, as paLAVRAS,
As músicas dos outros
Dos novos,
Dos velhos, que ainda não conhecia...
Eu queria beber, comer, respirar e transpirar
Fazer aMor com a poesia
E, se quem a recitar
Falar alto e gesticular
Ahhhhhhhhhhhhhh!!!
O gozo do aprendizado!
Que mesmo quem está CALAdo
ConSEGUE ao ápice chegar...
Podem até nos chamar de “nus”
Estamos mesmo despidos
Das roupas cheias de fantasias
Dos VALORes, das brigas vazias,
Não somos caRIcaturas, imitações,
Nem gregos nem troianos,
Nem tão pouco julgadores,
Somos soMente aprendizes
Que anseiam o saber
Ainda que sabendo
TalVEZ nunca o conhecer...
Mas é bom tentar dividir
Este mundo fenomênico,
Tão confuso e enganaDOR
Que entre esses amantes literários
Parece ser tão real,
Com liberdade, sem pertença
Entre brisa, álcool e fumaça
Cada qual e a sua poTência,
Semelhanças e diferenças...
Bem que eu queria
Deixar as minhas Jaulas
São tantas CORREntes invisíveis
Que não me deixam ir à praça,
Vou chorar as quartas
Por que a AcaDemia,
Assim como o tempo,
Pirraça...

*
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*

Um comentário:

  1. Poema instigante. Um convite
    ao namoro das letras que passeiam de mãos dadas pelo texto e que me relembrou o fenômeno humano de Teilhard de Chardin na sua evolução do universo quando abordava os fenômenos de 'dentro e de fora'no qual acabava por concluir numa fusão de Deus com o homem. Tua poesia me derpertou isso aí...Beijos! Hilde

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