Já não se consegue controlar
E as aflições extrapolam os limites dos pensamentos
E o corpo grita ferozmente e clama pelo tempo, pede pra parar
Parece sentir os segundos
Mas as horas se vão descontroladamente
Quer culpar os ponteiros, o relógio, as estações, a vida
Caminha em passos lentos
Come e bebe daquilo que te oferecem
Desconhece dos venenos escondidos atrás dos sorrisos
Tudo parece se dissolver
Nenhuma resposta é satisfatória
Nem mesmo as perguntas já lhe fazem algum sentido
Vai então ao rumo do vento
Tenta esquecer-se do corpo e dos pensamentos
Restam flores no solo úbere, e sementes pedindo para serem regadas.
Denise Viana * Psico-Poeta