
Hoje
Senti medo,
Do frio de minha cidade.
E da frieza das pessoas.
Cuidei de não olhar nos olhos
Não cumprimentar
Nem esbarrar pela Alameda.
Tive pavor,
Ao ver tantas crianças largadas
Tantas mãos estendidas
Mãos negras,
Amarelas e brancas,
Medrosas e sujas
Cheirando a esmola.
Os olhos que passam,
Fingem não ver.
Então,
De quem terei medo?
Senti medo,
Do frio de minha cidade.
E da frieza das pessoas.
Cuidei de não olhar nos olhos
Não cumprimentar
Nem esbarrar pela Alameda.
Tive pavor,
Ao ver tantas crianças largadas
Tantas mãos estendidas
Mãos negras,
Amarelas e brancas,
Medrosas e sujas
Cheirando a esmola.
Os olhos que passam,
Fingem não ver.
Então,
De quem terei medo?
Denise Viana * Psico-Poeta
*Direitos Autorais Preservados*
E o mais incrível é essa falsidade dos atos de apoio que não são nada além da própria promoção...
ResponderExcluirO olhar nos olhos é cada vez mais dificil porque a verdade dói mais a cada dia que passa...
O poeta é de todos o que mais sofre porque ele é sensivel a dor dos outros de uma forma mais intensa e delicada e daí também a contradição ao constatar o seu medo diante de uma realidade que ele só pode denunciar atraves de seus versos,
ResponderExcluirmas que sabe não vai alterar em quase nada.
Hilde
Obs: Pior ainda é quem não grita nada!
Puxa....
ResponderExcluirMto legal o seu blog, viu?
E essa reflexão que vc fez é mto pertinente...
O problema é que fechamos os olhos para não vermos coisas que nos incomoda, mas fechar os olhos é voltá-los para si mesmo...
O que será que incomoda mais?
Bem Tiago, Entremos então em uma questão existencial, rsrs, mas para que nos "ressentirmos" em qual o olhar é mais incômodo... Deixemos um olho aberto e o outro fechado, assim veremos o q nos cerca e também veremos o q se passa dentro de nós...
ResponderExcluirObrigada por vosso comentário.. Sinta-se Bem vindo!!! Bjos.