quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pensando em TCC e ABORDAgens diversas...




Numa questão avaliativa de fim de semestre, eis que lanço minha "crítica" à TCC... =]


A TCC (Terapia Cognitiva-comportamental), como as outras abordagens da psicologia traz uma teoria bastante sedutora. Seduz-me a sua teoria da formação das crenças e dos pensamentos automáticos (P.A.), pois são concepções que têm coerência, fazem sentido, e podemos facilmente exemplificar com experiências pessoais. Gosto, particularmente falando, das definições dos P.A.s e das Crenças, daquilo que aprendemos/acreditamos na infância e tomamos como verdades (o que parece óbvio, mas que ainda assim nos limita), também não é difícil compreender que algumas dessas crenças e pensamentos nos ajudam à viver, e outras, nos causam sofrimento.
Não duvido, ou melhor, acredito mesmo, que as intervenções da TCC possam auxiliar os pacientes à “se auxiliarem”. A TCC cumpre o que toda abordagem que “se preze” deve (ou deveria) cumprir, como já dizia o querido professor Valter Rodrigues, tornar-se “inútil”. Auxiliando o paciente, cliente, pessoa à caminhar com as próprias pernas, à ser seu próprio terapêuta, à ”dar conta de si” como diria os fenomenólogos-existenciais.
Creio que a TCC tenha um enorme alcance de êxitos em seus processos terapêuticos, mas sinto um certo limite em suas técnicas. Não pela teoria em si, pois a literatura deixa bem claro que as técnicas não são “regras” para todos os casos, mas percebo na fala de alguns colegas que se interessaram pela referida abordagem um olhar que eu diria um tanto engessado. “É só seguir isso daqui. Agora eu sei o que dizer!”, bem, que bom que esses colegas estão se encontrando dentro do labirinto psi, mas, estar diante de uma pessoa é bem diferente de estar diante dos casos de Sally ou Samara, e saber definições e ter modelos podem não ser suficiente, ou mais perigoso ainda, podem desligar a sensibilidade do profissional para questões que fogem às teorias de Beck ou Knapp.
A abordagem, como nos disse o ilustre professor acima citado, é realmente aquilo que “aborda”, assalta, atinge, acomete, e se não tivermos cuidado ( e este cuidado eu chamo de ética) agente se perde nele, e com ele limitamos e agredimos.
Seja qual for a tal ‘abordagem’, disponho-me sempre à um bom encontro, com ou sem crença, com ou sem Édipo, mas principalmente ético na perspectiva de tornar-se inútil.
Cara professora, perdoe-me se saí da “consistência” e “embasamento teórico” solicitado, tentei em algumas colocações... Mas, às vezes minha querida, é preciso sair das linhas já escritas para compor novas crenças, novos pensamentos, novas linhas.

Denise Viana * Psico-Poeta
Ainda bem que tive boas notas nas duas primeiras unidades...rs

2 comentários:

  1. Primeiro comentário!!?
    rsrsrsrsrs...
    o que posso dizer!?
    Concordo plenamente!!!
    E confesso que fiquei aliviada quando Valter falou que é inútil, pq ñ faço idéia da abordagem!!
    rsrsrsrsrsrs...
    bjão
    =D

    ResponderExcluir
  2. Valeu Cleinha...

    Mas veja lá hein... não confunda "abordagem" com "compromisso"... A Psicologia, independente da abordagem deve ser utilizada com muita ética, pois pode ajudar ou prejudicar também...

    bjus minha boneca linda!!!

    ResponderExcluir

Contribua com o seu Comentário...