um estar-só, embora nunca esteja sozinho...
um sentimento que não vem com o barulho da chuva
nem com o silêncio das manhãs de domingo
ou com uma aparente tarde vazia
mas de algum lugar relutante dentro de si
atravessado por desilusões, medos e fantasias que nunca contou sequer para si próprio
sem querer aceitar a autoria dos pensamentos indecorosos
rejeitou-se e simulou por muito tempo uma saúde que não era sua
mas que roubara dos livros, de autores e personagens que, coincidência ou não,
conheciam intimamente a história de sua vida
ontem, quando se sentiu só,
lembrou-se de quantos poemas ponderando (sobre) a solidão desprezara
colocando-os na infame caixinha de clichês
viu então
escritas em seu corpo, delicadas marcas de um lugar-comum
e a solidão era apenas mais uma.
Denise Viana * Psico-Poeta
Simplesmente perfeito, Nyse!
ResponderExcluirE mais lindo ainda justamente por esse blog ser um lugar-incomum falando de lugares-comuns pra tantos comuns-sem-lugar assim como eu que adoro vir aqui em minha solidão me sentir tão bem acompanhado!
Obrigada Tico!!!
ResponderExcluirSão as pessoas que vem aqui nesse blog que o tornam especial!! Seja sempre bem vindo meu amigo!